Primeiro feriadão em Paquetá sem as charretes ( http://oglobo.globo.com/rio/carrinhos-eletricos-estreiam-no-lugar-de-charretes-na-ilha-de-paqueta-19354726 ) que estão aqui - acho que se pode dizer assim: - há séculos.
Andei de bicicleta e tive a sensação de que há muito mais viagens sendo dadas. Os carrinhos são bem menores que as charretes com os cavalos e entopem menos as ruas.
Se essa sensação for verdadeira e se essa realidade persistir, os charreteiros estarão (enquanto os carrinhos não quebrarem) bem felizes com a troca.
Manter um carro daqueles é certamente bem mais fácil do que manter dois cavalos. Se você levar em conta a depreciação de R$500,00/mês (supondo que seja necessário comprar outro veículo em 10 anos), o negócio já deixa de ser tão vantajoso assim.
Além dos charreteiros, acho que a maior parte dos moradores (público contra as charretes + aqueles para os quais a mudança é indiferente) está satisfeita com a mudança. O cheiro de urina e fezes de cavalo em frente à estação das barcas e na porta de alguns estabelecimentos era realmente bastante incômodo.
Feliz está a indústria, que realizou lucro com a venda dos carros.
Feliz está o prefeito porque, afinal de contas, foi um negócio de 1 milhão de reais e poderá usar isso como plataforma de campanha.
No meio de tanta felicidade, sofem o erário (pois esse dinheiro poderia certamente ser melhor aproveitado) e muito provavelmente a Natureza, por conta de serem extremamente poluentes a maior parte das baterias utilizadas por esses veículos.
Mas o que tudo isso tem a ver com a "Escola (Pentecostal) sem Partido"?
É porque tanto no projeto da Escola Pentecostal (divulgado para o grande público com o nome simpático de "Escola sem Partido") quanto no caso de Paquetá, as partes envolvidas não conseguiram chegar a um acordo e lutar por uma mesma causa.
Nos dois casos, existe pelo menos um grupo a priori muito bem intencionado (pais preocupados com a indução ideológico-partidária de um lado e grupos em defesa dos animais de outro) lutando por uma mudança até certo ponto legítima.
Nos dois casos existe um poder maior (igreja, de um lado, e grupos ligados à prefeitura do RJ, de outro) que se utiliza daqueles listados no parágrafo anterior como infantaria na luta para implantar um projeto mais ambicioso e danoso para todos.
Em ambos os casos todos parecerão muito felizes no início da implantação da mudança, mas os danos só serão sentidos no médio-longo prazo.
A grande diferença é que, no caso da "Escola (Pentecostal) sem Partido", os danos serão bem mais difíceis de reverter.
Andei de bicicleta e tive a sensação de que há muito mais viagens sendo dadas. Os carrinhos são bem menores que as charretes com os cavalos e entopem menos as ruas.
Se essa sensação for verdadeira e se essa realidade persistir, os charreteiros estarão (enquanto os carrinhos não quebrarem) bem felizes com a troca.
Manter um carro daqueles é certamente bem mais fácil do que manter dois cavalos. Se você levar em conta a depreciação de R$500,00/mês (supondo que seja necessário comprar outro veículo em 10 anos), o negócio já deixa de ser tão vantajoso assim.
Além dos charreteiros, acho que a maior parte dos moradores (público contra as charretes + aqueles para os quais a mudança é indiferente) está satisfeita com a mudança. O cheiro de urina e fezes de cavalo em frente à estação das barcas e na porta de alguns estabelecimentos era realmente bastante incômodo.
Feliz está a indústria, que realizou lucro com a venda dos carros.
Feliz está o prefeito porque, afinal de contas, foi um negócio de 1 milhão de reais e poderá usar isso como plataforma de campanha.
No meio de tanta felicidade, sofem o erário (pois esse dinheiro poderia certamente ser melhor aproveitado) e muito provavelmente a Natureza, por conta de serem extremamente poluentes a maior parte das baterias utilizadas por esses veículos.
Mas o que tudo isso tem a ver com a "Escola (Pentecostal) sem Partido"?
É porque tanto no projeto da Escola Pentecostal (divulgado para o grande público com o nome simpático de "Escola sem Partido") quanto no caso de Paquetá, as partes envolvidas não conseguiram chegar a um acordo e lutar por uma mesma causa.
Nos dois casos, existe pelo menos um grupo a priori muito bem intencionado (pais preocupados com a indução ideológico-partidária de um lado e grupos em defesa dos animais de outro) lutando por uma mudança até certo ponto legítima.
Nos dois casos existe um poder maior (igreja, de um lado, e grupos ligados à prefeitura do RJ, de outro) que se utiliza daqueles listados no parágrafo anterior como infantaria na luta para implantar um projeto mais ambicioso e danoso para todos.
Em ambos os casos todos parecerão muito felizes no início da implantação da mudança, mas os danos só serão sentidos no médio-longo prazo.
A grande diferença é que, no caso da "Escola (Pentecostal) sem Partido", os danos serão bem mais difíceis de reverter.
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